Ao meu melhor amigo

"O Grito" de Edvard Munch

Você é a dor da magia, o distúrbio da paz. Se desce é um caos, se existe é um alívio. É o guia do paraíso, o martelo de trovão, o punho avassalador. É a flor sem odor e o espinho cego. Você é a invenção e a destruição. A construção e o vazio. O material e a ferramenta. Você é o limite do céu, e é também o final do caminho. Quando você acontece, o mundo para. E eu o escuto. Você é sem você, por que você é ausência e presença. É parte de um nada e inteiro de um todo. As coisas se resolvem quando você aparece. Eu levanto com uma vontade imensa de dormir de novo. De mergulhar em você mais uma vez. E cada vez é diferente, é um, é outro, é algo. Você é o som abaulado em um estádio. O grito e o riso. A loucura e o resto. Não, você não é tudo. Você não é normal. Não é permeável. Não é concreto. É difícil, muito difícil. É incontrolável e insaciável. É um sofrer corruptível e uma negligência idônea. Você é próprio. E você conseguiu. Você contou a história que te contaram. Agora é a hora de esperar. Seguir e esperar. Por que você é persistência, mas não é embriaguez. É felicidade e presente. É desapego e pecado. E principalmente, é sorte.

Um comentário:

  1. Super me identifiquei com ele. Enfim... Obrigado por estar sempre ao meu lado.

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