Meu primeiro encontro com a morte foi real. Não aquela tragédia que eu lia e esperava - com ansiedade quase doentia - que acontecesse. Não era só a inevitabilidade que me perseguia; era a ignorância. A ignorância de não saber o que havia além.
Esse ano a perda de uma ex-colega de classe, que estudou comigo tanto tempo, foi novamente efetiva: a juventude não tem poder. A juventude é tão frágil quanto o isopor. Disseminada e pouco densa. Pois morte é pra todos.
E está em tudo. Antes do sofrimento e depois da dor. Com amor ou sem ódio. As vezes é sutileza artística.
Mas é igual, sempre.
E eu sinto que o tempo passou e todos amadureceram e eu não. É aquela constatação do tempo, sabe?
Todavia, tem coisa que transcende. E onde eles estiverem, eles olham por nós. Se amamos em vão ou não, é importante que os amemos então. Isso cruza as barreiras. Isso e outras coisas.
Luz é onda e não precisa de matéria pra se propagar. E antes que chegue a hora de recebê-la, eu tava pensando: pra quê tanta resistência, meu Deus. Se tiver que ser, me faça aceitar. Eu rezo é pra ter essa paz de espírito.
Eu quero ser amigo da morte.
Às vezes a vida parece uma sucessão de circunstancias que muitas vezes nos assusta,nos entristece e nos revolta. Sò o tempo é capaz de clarear as coisas e nos revelar que por tras do que vemos como algo ruim muitas vezes esta o medo do desconhecido, o medo da dor e o medo de aceitar que existe algo muito além do que vemos.Hoje eu acredito que nada é por acaso, não que sejamos meros personagens em uma historia na qual não podemos alterar o enredo. E sim como protagonistas de uma missão, à qual muitas vezes não sabemos qual é ! Mas qualquer que seja essa missão, viver em paz, em busca do bem e da superação já é um grande passo na sua realização.
ResponderExcluirUma vez completa a nossa missão, mesmo que aparentemente cedo,os caminhos precisam mudar,com certeza, para melhor. Quem fica é so saudades, e lembranças mas para quem vai é certamente bom.